De 56 controladores de velocidade, 16 serão cortados na região

Foto: Renan Mattos (Diário)

A polêmica envolvendo a tentativa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de retirar todos os controladores de velocidade das rodovias federais do país teve novos desdobramentos. Após acordo judicial, em que a Justiça determinou a manutenção de pelo menos uma parte dos pardais e lombadas, o Dnit em Santa Maria recebeu a lista oficial de quais equipamentos serão, enfim, mantidos, e quais estão suspensos e devem ser retirados. De 56 pardais e lombadas das BRs da região, mais 16 serão cortados.

A definição de quais serão retirados partiu do Dnit em Brasília, que teria feito estudos sobre acidentes e segurança nos locais. Em Santa Maria, será retirada uma lombada em frente ao residencial Arco Verde (sentido bairro-Centro), enquanto a outra, no sentido contrário, será mantida e deve começar a multar a partir de setembro. Ainda na Faixa de Rosário, não serão mais instalados três pardais (veja mais no mapa abaixo). 

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Também não serão recolocados dois pardais e uma lombada eletrônica na BR-158, após a Garganta do Diabo, no caminho para Itaara. Em frente à Veísa, lombadas já tinham sido retiradas antes e não serão reinstaladas.

Na BR-287, serão reinstaladas quatro lombadas na saída de Santa Maria para São Pedro do Sul. Os pardais ou lombadas nos trevos de São Pedro do Sul, São Vicente do Sul e Santiago serão mantidos. Mas serão retirados um controlador perto de Jaguari, dois no acesso a Nova Esperança do Sul e quatro perto de Unistalda.

Na BR-392, as lombadas na saída de Santa Maria para São Sepé, voltarão a multar, possivelmente em setembro. Porém, em São Sepé, será mantida a lombada em só um sentido. A outra será retirada. 

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Segundo Marcus Lima, diretor da empresa Fotosensores, que venceu a licitação e instala os controladores nas BRs gaúchas, apesar desses cortes, o Rio Grande do Sul será o Estado que ficará com mais lombadas e pardais em todo o Brasil, pois aqui já tinham sido instalados 245 equipamentos dos 506 previstos no contrato. Agora, a partir de estudos técnicos, foi determinada a instalação de mais 56 aparelhos:

- Como aqui já tínhamos instalado, resolveram manter. Em São Paulo, nem tinham chegado a instalar. Então, lá será bem menos.

Além disso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não está usando radares móveis por determinação de Bolsonaro. Técnicos em segurança de trânsito temem que o número de acidentes, com mortos e feridos, irá aumentar.